Três elfos das sombras vagavam por uma floresta em Dulbien, discutiam o quanto discordavam de Filgorn e o quanto era impossível não se tornar um traidor tendo essa opinião. Filgorn era o elfo mais importante dos últimos séculos, ele sabia mover os elfos pelos seus sentimentos mais profundos. É impossível não ser atraído pela conversa dele. Impossível até para os Daerdrin que foram finalmente libertos do pacto de servidão, apesar de muitos deles acharem que ainda foi cedo.
O tempo era chuvoso como se esperava, mas mesmo com a chuva e a conversa animada não puderam deixar de ouvir um riso suave vindo do bosque. Todos deveriam ter seguido em frente, mas nenhum pode fazê-lo. O riso parecia o de um bebe, e era na verdade. Quando encontraram a criança viram uma menininha largada na grama e bem à vontade com a chuva. Ao lado dela um humano alto e vestido num engraçado traje esverdeado, completamente imóvel mergulhado no seu próprio sangue. Em pouco tempo a criança deixava a casa dos elfos indo com um grupo de diplomatas, primeiro ao recém criado reino dos Daerdrin, depois aos reinos élficos de Malfact e Drainroost e enfim de volta ao lugar de onde vieram esquivando da terra dos anões que ainda não toleram bem os humanos em sua maioria. O primeiro tempo com os elfos foi muito curto para eles, um ano e dois dias muito bem aproveitados e o tempo com os diplomatas humanos foi mais curto, dois meses nas terras a oeste dois ao sul e três em Drainroost.Quando finalmente a menina humana voltava ao seu povo todos comemoravam o nascimento do herdeiro real. Athos seria o nome da criança, Athos o bem quisto pelas estrelas, ou Athos o arauto da ruína dos deuses. Já havia vários boatos sobre o garoto e ninguém sabia onde tinham começado. Dentre os boatos a maioria era verdadeira exatamente da forma mais improvável possível e o mais simples era o mais perturbador se levado até a clareza que merece.
Havia algumas pessoas numa sala ampla sem janelas ou portas, apenas cadeiras e ansiedade e as pessoas mais importantes da exintência.
_Aver foi punida a pouco...
Avoz de cei arranhava as paredes e fazia dentes cerrarem em sorrisos insidiosos ou grunhidos. Havia um ar de disputa, uma competição velada pelo legado que Aver deixou, mas os herdeiros já tinham sido escolhidos e jamais entrariam nessa sala.
_Tenho certeza que ela te recebeu com aquele sorriso dela. Você é um maldito e o mais amado que já houve, ganhou até uma droga de um presente.
_Nos poupe de suas frustrações, se não se importava com Aver apenas fique quieto.
A ultima a falar foi Las repreendendo um homem acinzentado e tosco com aneis de metal furando a pele dos braços que tinham cada um o dobro do tamanho dela. Mesmo assim não a intimidava, a pequena Las com os olhos verde limão e o cabelo castanho avermelhado esvoaçante.
_Serão quatro os substitutos de Aver e os humanos não terão mais patrono.
Todos continuaram esperando que Cei falasse os nomes dos substitutos, mas alguns também imaginavam se agiriam como Aver que aceitou placidamente a destituição ou destruição. Não houve reação, não houve luta ou guerra. Todos saberiam caso houvesse, todos sentiram o ultimo suspiro da deusa . Ninguém foi convidado para a reunião, todos sabiam que aconteria.
_O crime dela foi tentar trazer outros para o nosso circulo, outros que já foram eliminados. - Ele joga simbolos no espaço entre eles _ Quero que adotem os seguidores dos sete caso eles queiram e quero também que não os hostilizem ou escravizem, eles tem cino seculos da minha proteção.
Nesse momento um homem no canto da sala se levantou e saiu, mas tinha um sorriso no rosto. Não era satisfação ou ironia. Era esperança de que desse tudo certo, de que seus planos iriam como o esperado. O fim de Aver foi um imprevisto, mas um dos bons. O destino era imprevisível, mas pré definido como se supõe.
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